quarta-feira, 30 de maio de 2007

O Jogo Dramático... Coisas de Crianças



O jogo dramático é uma parte vital da vida do ser humano. Não é apenas uma actividade de lazer, mas também uma maneira do indivíduo pensar, comprovar, relaxar, trabalhar, lembrar, ousar, experimentar, criar e absorver. O jogo é a vida.
A melhor brincadeira teatral infantil só tem lugar onde oportunidade e encorajamento lhe são conscientemente oferecidos por uma mente adulta. Isto é um processo de "nutrição" e não é o mesmo que interferência. É preciso construir a confiança por meio da amizade e criar a atmosfera propícia por meio de consideração e empatia.
Nessa brincadeira teatral através do jogo existem momentos de caracterização e situação emocional tão nítidos, que fizeram surgir uma nova terminologia: "Jogo Dramático".
Ao pensar em crianças, especialmente nas menores, uma distinção muito cuidadosa deve ser feita entre drama no sentido amplo e teatro como é entendido pelos adultos.
Teatro significa uma ocasião de entretenimento ordenada e uma experiência emocional compartilhada; há actores e públicos, diferenciados.
Mas a criança, enquanto ainda pura, não sente tal diferenciação, particularmente nos primeiros anos - cada pessoa é tanto actor como espectador. Esta é a importância da palavra drama no seu sentido original, da palavra grega drâma (acção) , drao - "eu faço, eu luto”. No fazer e lutar, a criança descobre a vida e a si mesma através de tentativas emocionais e físicas, e depois através da prática repetitiva, que é o jogo dramático.
As experiências são emocionantes e pessoais e podem se desenvolver em direcção a experiências de grupo. Mas nem na experiência pessoal nem na experiência de grupo existe qualquer consideração de teatro no sentido adulto, a não ser que seja por nós imposta. Pode haver momentos intensos de que poderíamos nos arriscar chamar de teatro, mas no geral trata-se de jogo dramático. A aventura, onde o fazer, o buscar e o lutar são tentados por todos. Todos são fazedores, tanto actor como público, indo para onde querem e a encarar qualquer direcção que lhes apraz durante o jogo. A acção tem lugar por toda parte em volta de nós e não existe a questão de "quem deve representar para quem e quem deve ficar sentado a ver quem a fazer o quê!"

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segunda-feira, 21 de maio de 2007

A Partitura do Actor



No seu livro “Uma Voz para o Ator” a Prof. Eudósia A. Quinteiro designa de Partitura do Actor a todo um trabalho de notação e anotação, feito pelo actor, no texto em que está a trabalhar, para criar uma personagem.


O texto recebido pelo actor vem através da linguagem escrita, ou seja, na chamada “Galáxia de Gutenberg[1]” obedecendo a todos os requisitos que tal veículo de comunicação exige, pois é feito predominantemente para os olhos. Mesmo cientes de que o autor da obra teatral tenha se desdobrado na busca da linguagem oral, o fato é que o texto vem impresso, com a marca de Gutenberg e obedecendo a todo o código da linguagem escrita, com todas as vírgulas, pontos, etc.


Antes de dizer um texto, torna-se necessário adaptá-lo para a linguagem oral, uma vez que a fala tem seus próprios requisitos no acto da comunicação.


Quando falamos, damos vazão ao pensamento, que tem em si uma urgência em completar-se enquanto ideia emitida vocalmente. Nessa necessidade, passam a vigorar outras normas na comunicação, onde nem sempre as vírgulas e pontos coincidem, sendo, portanto, pouco respeitados. O que assume real importância no acto de dizer é a respiração, pois precisamos do combustível do ar para movimentar o aparelho fonador e produzir discurso sonoro. Para falar, é necessário respirar. O acto respiratório passa, então, a ter uma função primordial na arte de falar.



[1] Impressor e inventor alemão, nasceu na última década do século XIV no arcebispado de Mainz, na Alemanha e morreu provavelmente em 1468. A Gutenberg se deve a invenção de um método original de impressão com caracteres móveis. Conhecia a técnica da ourivesaria que aplicou ao fabrico de matrizes e punções tipográficas. Sobre a vida de Gutenberg existem poucos dados. De Mainz mudou-se para Estrasburgo, onde foi polidor de jóias durante 10 anos. Sabe-se que nesta altura se envolveu numa acção em tribunal. O facto de ter sido o inventor da tipografia foi motivo de grande controvérsia, principalmente pela parte de Laurens Coster da Holanda e de Pamfilo Castaldi de Itália. Em 1450, Gutenberg empreende a publicação da Bíblia Latina, que é o mais antigo livro composto em caracteres móveis chegado até nós. Os caracteres móveis foram usados sem grandes alterações durante três séculos.


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Apontamentos sobre o Texto Dramático

Texto
(Do latim textu-, «tecido», particípio passado de texâre, «tecer; entrelaçar»)
Do ponto de vista linguístico significa uma sequência finita e ordenada de elementos seleccionados de entre as possibilidades oferecidas por um sistema de signos e que constitui a unidade fundamental do processo comunicativo.


O Texto Dramático
Muitas vezes o actor depara-se com um texto dramático que desconhece e cheio de “nuanças”, ou seja, uma pontuação própria que o autor colocou de acordo com a sua imaginação na criação das personagens e situações.




O texto de uma peça teatral divide-se em dois:
1) texto principal: os diálogos das personagens;

2) texto secundário: as didascálias (conjunto de indicações cénicas do texto secundário) ou as rubricas do autor que indicam as situações, o ambiente, a descrição dos cenários e também as “inflexões” (emoções) que ditam como as palavras devem sair das bocas das personagens. O texto secundário pode estar implícito num texto dramático, dando liberdade total ao encenador para criar o ambiente e dar “forma” às palavras.

"Um encenador, menos purista, nem sempre segue as rubricas ou sugestões do autor e acaba por recriar ou mesmo criar o texto secundário, a não ser que o autor esteja vivo e exija que as indicações sejam seguidas à risca."

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sábado, 19 de maio de 2007

Mestres da comunicação



“A natureza arranjou as coisas de tal modo que, quando estamos em comunicação verbal com os outros, primeiro vemos a palavra na retina da visão mental, e depois falamos daquilo que assim vemos. Se estamos a ouvir outros, primeiro recolhemos pelo ouvido o que nos estão a dizer, e depois formamos a imagem mental daquilo que ouvimos.
- Ouvir é ver aquilo que se fala; falar é desenhar imagens visuais.
- Para o actor uma palavra não é apenas um som, é uma evocação de imagens. Portanto, quando estiver em intercâmbio verbal em cena, fale menos para o ouvido do que para a vista.”



Contagie o seu comparsa! Contagie a pessoa com a qual estiver a contracenar!
Insinue-se até na sua alma, e, ao faze-lo, você mesmo se sentirá ainda mais contagiado! E se você ficar contagiado, todos os outros ficarão ainda mais!
E então as palavras que você pronunciar serão mais estimulantes do que nunca.”



Constantin Stanislavski
A Construção da Personagem, Rio de Janeiro,
Civilização Brasileira, 1970



“(...) É necessário que o actor, para agir através das falas, tenha, antes disso, elementos aos quais possa reagir falando, isto é, imagens das falas dos outros. Só assim a acção de falar em teatro será realmente humana”
“Antes de começar a falar, nós imaginamos o que vamos dizer, e só depois transformamos essas imagens em palavras.”

Eugênio Kusnet
Actor e Método, Rio de Janeiro, MEC-SNT, 1975


“Se você souber apreciar o que os sons das palavras podem transmitir é possível que isso também sirva para inspiração interior.”

Robert Lewis
Método ou loucura, Rio de Janeiro, Ed. Tempo Brasileiro, 1982

“O hemisfério esquerdo parece estar ‘predestinado’ aos sons da fala, já preparado para analisar sons em forma linguística”.
Dan Isaac Slobin
Psycholinguistics
Scott, Foresman .Published 1979
Psicolinguística. São Paulo, Ed. Nacional - EDUSP, 1980

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Vozes dos séculos XVIII e XIX

Grandes nomes dos palcos ficaram conhecidos não só pelo talento inato, ou seja o talento que pertence ao ser e não resulta de qualquer aprendizagem, de interpretar grandes papéis, mas também ficaram conhecidos pela beleza das suas vozes.

Sarah Benhardt1, cognominada "A Voz de Ouro", seduzia pela voz e pela arte - "Recita como o rouxinol canta, como o vento suspira, como a água murmura”.







Na Itália, Eleonora Duse2 foi celebrada por D'Annunzio3 como a maior actriz de todos os tempos pelo seu talento e pela “magia de sua voz”.





Sobre o actor Talma4, escreveu Madame de Staël5: "Há na voz desse homem não sei o quê de mágico que desde as suas primeiras palavras desperta toda a simpatia do coração".





1 SARAH BERNHARDT, nome artístico da actriz francesa Henriene Rosine Bernard (1844-1923). De família judia, estreou-se no palco em 1862. No galarim da glória desde 1869, apesar de lhe ter sido amputada uma perna (1915) ainda ensaiava pouco antes de morrer. Pela perfeição da dicção, o timbre de voz levemente nasalada e o calor da paixão com que representava, foi no seu tempo a rainha da cena dramática.

2 ELEANORA DUSE, actriz italiana (1859-1924). Interpretou heroínas de A. Dumas, Ibsen e D'Annunzio, tendo sido considerada a maior actriz dramática do seu tempo.

3 GABBIEL D’ANNUNZIO, escritor italiano (1863-1938). Voluntário na I Guerra Mundial, tornou-se então um herói nacional. Apoiou depois o regime de Mussolini. Romancista, autor dramático e poeta, os seus poemas, de grande beleza formal, fizeram dele cantor da mulher, da beleza e das sensações raras e preciosas.

4 FRANÇOIS JOSEPH TALMA: Actor protegido por Napoleão fundador da Comédia Francesa. (1763-1826)

5 MADAME DE STAËL, escritora francesa (1766-1817). Chamava-se Germaine Necker, e era filha de J. Necker, o celebre ministro de Luís XVI, tendo-se casado em 1786 com o barão de Staël, embaixador da Suécia em Paris. Publicou ensaios e romances. Teve influência decisiva na eclosão do Romantismo em França.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Estreia "TOMAI LÁ DO O'NEILL"



O’Neill (Alexandre), moreno, português. A inquietante e atribulada vida desta figura conduz-nos pelos vícios, pelos perigos e pelo caricato da sociedade lisboeta do Estado Novo.
Num país ensombrado pela ditadura, um poeta vive atormentado pela sua inquietação e desfeito pelo amor.
Nesta peça, as personagens estão sufocadas entre as intrigas que povoam o funcionalismo público e os sonhos que a burocracia vai desfazendo a cada dia que passa. O atraso social manifesta-se em cada atitude e em cada palavra. E, no meio, O’Neill, o descontente, o crítico de um Portugal que o não deixa respirar e de um povo que o não respeita.
Tomai Lá do O’Neill é o retrato de um país que é muito mais do que três sílabas e em que qualquer semelhança com os dias de hoje não é mera coincidência.
A prepotência de quem manda, a submissão de quem é obrigado a obedecer, a censura, a polícia política preenchem um espectáculo recheado de poesia, paixão e vidas atravancadas. Um poeta a escrever e a viver, um amor puro e intenso de tão distante, uma mulher em Paris e Um Adeus Português.
Ficha Técnica

Texto: Filomena Oliveira
Adaptação e Encenação: Onivaldo Dutra

Elenco
António Valente, Carla Lopes, Carlos Alves, Dulce Marques, Liliana Paulos, Onivaldo Dutra e Pedro Araújo.
Realização
Ditirambus – Associação Cultural e Pesquisa Teatral
Local
Auditório Carlos Paredes – Junta de Freguesia de Benfica
Data
17 de Maio a 2 de Junho / 2007
Quinta a Sábado: 21h30 – Domingo: 16:00
Reservas
218128528 / 919097077 / 217123000
Classificação M/12

terça-feira, 15 de maio de 2007



Jean-Louis Barrault (1910-1994) no seu livro Réflexions sur le Théâtre, compara a voz do actor a uma orquestra: "O actor, nas suas mudanças de voz, faz vibrar alternadamente seus instrumentos de corda, suas madeiras, seus metais, e mesmo sua percussão. É por meio dessas mudanças que a vida aparece, o actor manifesta a sua presença."
Assim, também, todos os bons actores têm obrigação de reconhecer que voz e dicção são os factores primordiais para elevar o nível de sua arte; que não basta dizer textos bonitos e interessantes, mas que é preciso dizê-los bem, através de uma boa voz, cujo poder de sugestão tem dado a muitos a felicidade de emocionar e entusiasmar seus ouvintes.
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Evolução da Linguagem



O homem pré-histórico exprimia-se por sons e por gestos mas a função vocal é uma adaptação secundária, adquirida por órgãos que pela sua constituição anatómica, foram feitos para a respiração e alimentação, e não para a fonação que resulta de reflexos condicionados, impostos por necessidades vitais.
Com o desenvolvimento da sua inteligência, o homem primitivo descobriu que os sons que emitia inconscientemente, num esforço, na luta ou na dor, serviam para exteriorizar os seus sentimentos. Assim, os movimentos bucolinguais constituíram as primeiras sílabas da linguagem onomatopaica com que imitava o canto dos pássaros, as vozes dos animais e os ruídos da natureza. Mas, os primitivos, davam à voz também um poder sobrenatural, pois era um meio de comunicação com o sobrenatural, a quem atribuíam todas as paixões humanas: cólera, vingança, perfídia ou bondade, que julgavam afastar ou atrair com a prática de preces mágicas. As palavras cabalísticas tinham, para eles, o dom de curar doenças, vencer inimigos, afastar demónios, obter sol ou chuva, enfim, mediante as suas fórmulas misteriosas, supunham alcançar todos os seus desejos.

A palavra surgiu da necessidade de comunicação entre seres semelhantes. Com a evolução intelectual do homem, o aperfeiçoamento da linguagem tem sido uma das suas constantes preocupações.
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Demóstenes, um Senhor de narrativas vivas.

Orador grego, nasceu na Ática em 383 a. C. e morreu em 322 a. C.
O pai, um rico fabricante de armas, faleceu quando Demóstenes tinha apenas sete anos e os seus tutores dissiparam-lhe toda a fortuna.

Logo que a lei lho permitiu, por volta dos vinte anos, desencadeou contra eles um processo que ele próprio advogou e que venceu.
Mas a sua dicção era desagradável e não permitia augurar-lhe grande futuro como tribuno.
Disposto a eliminar este defeito, sujeitou-se a vários exercícios, que se tornaram lendários, para melhorar a voz, ao mesmo tempo que estudava as técnicas de Isócrates e Iseu e o estilo de Tucídides.
Quando entrou na política, por volta dos trinta anos, Filipe ameaçava a independência da Grécia, e Demóstenes tornou-se, em Atenas, o chefe do partido de resistência à Macedónia, enquanto o seu rival, Ésquines, era o defensor de Filipe. Com a derrota dos Atenienses em Queroneia, a sua influência perdeu-se durante alguns anos.
Após a morte de Filipe (336), levantou os seus concidadãos, juntamente com os Tebanos, contra Alexandre. Mas esta coligação desfez-se e Demóstenes seria entregue ao vencedor. Foi o alvo das acusações dos adversários durante as campanhas de Alexandre na Ásia. Triunfou num processo em que Ésquines atacava toda a sua vida política. Acusado de ter facilitado, a troco de dinheiro, a fuga de um intendente infiel a Alexandre, teve de exilar-se.
Após a morte de Alexandre, regressa à pátria como grande triunfador; mas de novo Atenas foi vencida pelos generais macedónios e Demóstenes, em fuga, envenenou-se para não cair nas mãos dos inimigos.
Dos perto de sessenta discursos que nos ficaram, atribuídos a Demóstenes, cerca de metade são tidos como duvidosos.
Os mais célebres são: Filípicas, Olintíacas, Das Prevaricações da Embaixada e Da Coroa.
Demóstenes é um orador que subordina a sua arte às suas convicções e ao seu temperamento.
Foram estas convicções que levaram Demóstenes à resistência, embora vã, à Macedónia, pois uma nação deve sacrificar tudo à sua independência.
Este temperamento, voluntarioso e tenaz, é já notório na defesa do processo que moveu contra os seus tutores, e manifesta-se nas interpelações aos seus ouvintes, interrogando-os e fazendo-os ouvir duras verdades.
Demóstenes é senhor de narrativas vivas, de raciocínios brilhantes, baseados no bom senso, e de tiradas de espírito que são sarcasmos de profundo efeito.
A reputação de Demóstenes como orador não sofre contestação e diz-se mesmo que o próprio Ésquines, no exílio, apontava os seus discursos como modelos.

domingo, 13 de maio de 2007

O "Colorido" da Dicção

O timbre das vozes humanas tem um carácter inconfundível; há vozes belas e harmoniosas, como também há estridentes ou veladas. Entretanto, as paixões imprimem ao timbre o seu colorido peculiar e, sob os reflexos dos estados da alma, as vozes tornam-se claras ou escuras, ásperas ou doces, brilhantes ou sombrias.
Pe. António Vieira (1608 - 1697), notável prosador e o mais conhecido orador religioso português, disse num dos seus sermões: “Todas as vozes dos animais tem sua significação; porque de um modo declaram a fome, doutro modo a ira, doutro modo a dor e assim outras paixões, apetites ou instintos, ainda que irracionais e brutos”. Como podem os que fazem uso da razão falar sem transmitir o que dizem?
É a inteligência e a sinceridade que fazem os grandes “coloristas”. Nada mais cansativo do que uma pessoa que fala sempre no mesmo tom. Se “colorirmos” as palavras com todas as cores do prisma com nossa voz, com certeza teremos um efeito agradável aos ouvidos dos ouvintes. A voz deve apresentar, além dos coloridos opostos como claro e escuro, todos os matizes intermediários, que vão do branco ao preto, do rosa ao vermelho, do lilás ao roxo...
As mudanças bruscas de cor encontram-se nos sentimentos contrários: amor e ódio, riso e choro, coragem e medo, crueldade e piedade, orgulho e humildade, desejo e renúncia, alegria e tristeza, etc... Muitos textos apresentam uma gradação de cor que, de suave, vai sucessivamente tornando-se mais intenso, mais vivo, até atingir o clímax.

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A arte de comunicar


“A comunicação através da Arte é importante, não tanto para produzir artistas ou objectos de arte, mas sim para obter pessoas melhores”.


Actor Marco Mascarenhas




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