quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

CPT - Curso Permanente de Teatro

CPT "Fase 2"

O teatro Ibérico promove um Curso de Teatro em várias fases que levam o aluno a passar por diversas linguagens e formas na prática da Arte Teatral.
Cada fase tem a duração de três meses.
A "fase 2" que terá início dia 11 de Janeiro de 2009, será dedicada ao Teatro Clássico.
Por ser um "Curso Permanente", as pessoas podem frequentá-lo em qualquer das fases matriculando-se em qualquer altura.
Os professores são profissionais licenciados e inteiramente voltados para a área das Artes Cénicas.

Mais informações
218682531 / 919298834 / 218128528 / fax 218124569
CONFIRA...

TEATRO IBÉRICO

Rua de Xabregas, 54

Beato / Lisboa

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Estreia no Teatro Ibérico

Espectáculo "O Corvo" de Alfonso Sastre

ESTREIA

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

CURSO PERMANENTE DE TEATRO NO IBÉRICO

"Os Homens são admitidos no céu
não porque reprimiram ou governaram suas paixões,
mas porque cultivaram suas inteligências"...
William Blake


quinta-feira, 4 de setembro de 2008

sábado, 12 de julho de 2008

Viagem

Aparelhei o barco da ilusão

E reforcei a fé de marinheiro.

Era longe o meu sonho, e traiçoeiro

O mar...

(Só nos é concedida

Esta vida

Que temos;

E é nela que é preciso

Procurar

O velho paraíso

Que perdemos.)

Prestes, larguei a vela

E disse adeus ao cais, à paz tolhida.

Desmedida,

A revolta imensidão

Transforma dia a dia a embarcação

Numa errante sepultura...

Mas corto as ondas sem desanimar.

Em qualquer aventura,

O que importa é partir, não é chegar.

Miguel Torga, Antologia Poética, 5ªed.,Lisbosa, Dom Quixote, 1999

Miguel_Torga_100anos

Miguel Torga é o pseudónimo literário do médico Adolfo Correia da Rocha, nascido em 12 de Agosto de 1907 em S. Martinho de Anta, concelho de Sabrosa, em pleno Douro Vinhateiro. Faleceu em 17 de Janeiro de 1995 em Coimbra e é hoje considerado um dos mais conhecidos autores portugueses do século XX. Várias vezes premiado, nacional e internacionalmente, foram-lhe atribuídos, entre outros, o prémio Diário de Notícias (1969), o Prémio Internacional de Poesia (1977), o prémio Montaigne (1981), o prémio Camões (1989), o Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores (1992) e o Prémio da Crítica, consagrando a sua obra (1993).

segunda-feira, 9 de junho de 2008

E o Rei estreou...

Após a correria que foi entre montagens, acabamentos e ajustes finais, finalmente estreou.

Para além do típico comentário “gostei muito” , algumas pessoas tiveram diversas reacções que variaram desde risos de satisfação ao comentar a “piada” de cenas específicas até pensamentos filosóficos sobre tudo o que é transitório nessa vida.

Para quem não conhecia esse texto de Eugène Ionesco - “pai” do Teatro do Absurdo juntamente com Samuel Beckett - houve uma surpresa devido o texto ser de uma fase mais realista e menos absurda do autor. É o texto mais niilista dele, ou seja, mostra um cepticismo relativamente aos valores tradicionais, a redução de tudo ao nada.

Falaram da caracterização, da transformação dos actores nas personagens, dos figurinos, dos sons, etc.

Ao observar as pessoas como um todo, senti-me vitorioso e feliz.
Uma letargia apoderou-se de mim. As vozes, que preenchiam o hall do teatro, distanciavam-se e senti-me pairar sobre o espaço. Eu via-me a mim e os outros enquanto deslocava-me entre os seres. Surpreso, concluí que eu ainda devia estar sob os efeitos das emoções da personagem. Um brinde chegou em boa hora e colocou-me novamente com os pés na realidade do momento.

Mais tarde, já em casa, afundei a cabeça no travesseiro e adormeci com um sorriso nos lábios... Missão cumprida.

Que venha o público!

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segunda-feira, 7 de abril de 2008

"O Rei está a Morrer" de Eugène Ionesco

Os preparativos da peça "O Rei está a Morrer" de Eugène Ionesco estão a progredir.

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Estreia "O Rei está a Morrer" de Eugène Ionesco


Uma alucinante despedida da vida. A peça fala da essência da existência humana diante golpe do destino que todo ser humano tem de enfrentar, mesmo com os temores do que pode acontecer ao dar o último suspiro. É a tragicómica história do “Rei Berengário” e, certamente, de todos nós. A irónica forma como ele apercebe-se do que está a acontecer à sua volta, as reacções à fatal notícia, bem como a relação que há entre ele e o inevitável desfecho, somente acompanhado pela consciente e assustadora ideia de que “O que deve acabar já acabou”. Para além do medo de se saber que a última cena é “obrigatoriamente” mortal, há a incómoda descoberta de que, realmente, nunca se chegou a viver.
Uma comédia que mostra o quão ridículos podemos ser quando nos confrontamos com a efemeridade da vida e o inútil apego que temos às coisas materiais.

Ficha Técnica

Encenação
Marco Mascarenhas

Tradução
Manuela Gomes

Elenco
Marco Mascarenhas, Manuela Gomes,
Onivaldo Dutra, Joana Lourenço,
Céu Neves e Carlos Alves

Luz (criação e execução)
António Valente

Sonoplastia (montagem e execução)
Hélio Clino
Assistente
Paulo Miranda

Cenário (criação)
Marco Mascarenhas

Cenário (execução)
Acácio Almeida

Contra-regra / Maquinista
Miguel Oliveira

Figurinos e Caracterização (criação e execução)
Paulo Miranda

Fotos
Ricardo Velez

Designer Gráfico
Marco Mascarenhas

Assistência Técnica e Administrativa
Fernando Vieira

Responsável pela Bilheteira
Dulce Marques

Produção
Cia Teatro Ibérico

Coordenação de Produção / Divulgação
Hélio Clino

Produção Executiva

Hélio Clino, Fernando Vieira, Céu Neves, Paulo Miranda

Temporada
29 de Maio a 21 de Junho
Quintas, Sextas e Sábados às 21:30

Local
Teatro Ibérico
Rua de Xabregas, 54 – Beato

Reservas e Contactos
218682531 - 218128528 - 919298834 - 960073223
Fax 218124569 ou 218682531



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quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Sonho de uma Noite de Verão - Versão de Hélia Correia





Shakespeare escreveu essa peça entre 1594 e 1596, época do Renascimento, movimento cultural que teve início na Itália no Século XIV e se difundiu pela Europa nos Século XV e XVI, marco final da Idade Média e Início da Idade Moderna, onde novas ideias estéticas se faziam presentes em todas as manifestações artísticas, tornando-a, até hoje, uma obra intemporal. Nela, o autor mostra a capacidade e a rapidez com que o ser humano se apaixona e desapaixona pelo outro, a efemeridade dos enganos e desenganos dos sentimentos nas relações amorosas.
A versão de Hélia Correia está muito bem conseguida, ela tornou o texto mais conciso, mas manteve a essência da peça caracterizada por personagens movidas pelo desejo e pela paixão.
A pensar na intemporalidade da obra, busquei criar uma ambiência mágica e estilizada, sem denotar uma época específica. É uma mistura de linguagens, do Naturalismo - radicalização do Realismo, escola literária que se baseava na observação fiel da realidade e na experiência, mostrando que o indivíduo é determinado pelo ambiente e pela hereditariedade -, ao Realismo Fantástico com o objectivo de mostrar uma relação ambígua que se estabelece entre imagem e a ideia do que é fantástico, características do Teatro Moderno, rico em elementos simbolistas, psicológicos e expressionistas que descrevem uma realidade subjectivamente, mas com aspectos de um possível real quotidiano. Tudo envolto em magia e delicadeza.


Mais informações: www.contigoteatro.com



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