Muitas histórias são contadas, entretanto um texto que não cita fontes e nem referências está publicado na excelente enciclopédia pública "Wikipédia" e apresenta alguns dados sobre esse "Filósofo".
Artistas em geral, esotéricos e alguns mortais mais sensíveis que buscam o conhecimento de si, dizem-se felizes porque encontraram a "paz interior". Mas quem realmente foi Osho?
Rajneesh Chandra Mohan Jain (Índia, 11 de Dezembro de 1931 - 19 de Janeiro de 1990) foi o fundador de um movimento filosófico-religioso, primeiro na sua terra natal e mais tarde nos Estados Unidos da América. Durante a década de 1970 foi conhecido pelo nome de Bhagwan Shree Rajneesh e mais tarde como Osho.
Embora Rajneesh nunca tenha escrito nenhum livro, muitos foram publicados por transcrições de seus discursos e palestras, livros que até hoje fazem muito sucesso em muitos países, inclusive o Brasil, país que possui um pequeno mas muito ativo grupo de discípulos e simpatizantes, espalhados em muitos dos grandes centros e em algumas comunidades mais afastadas. Muitos desses discípulos exercem algum tipo de atividade terapêutica alternativa e divulgam suas principais meditações, como a chamada Meditação Dinâmica. Alguns técnicos dizem tratar-se de um exercício aeróbico que promove embriaguez por hiperventilação. Outros, com experiência pessoal nessa técnica, dizem que a hiperventilação não causa embriaguês, mas muita disposição física durante todo o dia; não é aconselhável deitar ou sentar-se após esta técnica, mas cuidar das atividades da vida.
Seus discípulos (Sannyasins) o apresentam como um grande contestador e libertador. Seu ensinamento, sem dúvida, enfatizava bastante a busca de liberdade pessoal e apresentava uma atitude mordaz em relação à tradição e à autoridade estabelecida. Entretanto, isso não é apresentado como uma rebeldia sem causa, mas como um transbordamento possível, vindo da meditação.
É uma figura extremamente polêmica. Em boa parte, porque ele próprio raramente procurava apaziguar ou evitar conflitos. Ele nunca foi um moralista, enfatizando sempre a consciência individual e a responsabilidade de cada um por si mesmo. As pessoas que o ouviam, gostavam muito do que ele contestava com consciência, mas não assimilavam.
Membros do seu grupo foram acusados de, deliberadamente, causar uma intoxicação com salmonelas na comunidade de Condado de Wasco (no Oregon), na seqüência de alegadas tentativas para obter vantagens nas eleições do condado. Os seus discípulos garantem que ele teria morrido por envenenamento de tálio radioativo, provocado na altura em que esteve preso, durante trinta dias, nos Estados Unidos, em 1985. Alguns órgãos da imprensa chegaram a divulgar que Osho teria morrido de Sida (Aids).
Nos EUA, respondeu por 35 acusações e foi condenado a dez anos de prisão com sursis. Foi expulso também da Grécia, foi rechaçado da Alemanha e da Espanha e só conseguiu entrar na Irlanda porque seu piloto alegou ter um doente a bordo. Sua secretária Sheela Birustiel-Silvermann (Ma Anad Sheela) foi extraditada da Alemanha, onde estava no cárcere em Bühl e foi condenada pelo tribunal federal de Portland (Oregon), em 1986, a quatro anos e meio de prisão por fraude e envenenamento alimentar. A investigação revelou que centenas de jovens mulheres teriam sido compelidas a aceitar uma operação de esterilização.
O pensamento de Rajneesh está exposto em mais de 1000 livros que podem elucidar sobre a sua filosofia. Segundo referem os seus admiradores, Osho não pretendia impor a sua visão pessoal nem estimular conflitos. Enfatizou, pelo contrário, a importância de se mergulhar no mais profundo silêncio, pois somente através da meditação se poderia atingir a verdade e o amor, guiada pela consciência individual, sem intermediários como sacerdotes, políticos, intelectuais ou ele mesmo. Transmitia, pois, uma mensagem optimista que apontava para um futuro onde a humanidade deixaria o plano da inconsciência e, por conseqüência, a destruição, o medo e o desamor, já que cada um seria o buda de si próprio, recordando aquilo que a consciência imediata esqueceu. Segundo esta visão, a humanidade parece-se a um conjunto de cegos guiados por outros cegos (imagem que também faz parte do ideário cristão). Os seus seguidores reconhecem-no como uma das figuras mais importantes da história da humanidade, sendo injustiçado pela humanidade ignorante. Todo o trabalho de Osho é de desconstrução e silêncio. Desconstrução de dogmas arcaicos e amarras psicológicas que aprisionam e limitam o ser humano. Segundo Osho, todo o planeta (com raras exceções) está doente. Mas é uma doença auto-imposta.
Liberdade é o fundamento de um homem auto-realizado e digno.
O Silêncio, por sua vez é a comunhão da criatura com sua essência divina e pura. O silêncio é re-encontrado pela meditação, onde o homem experimenta seu verdadeiro ser.
Os seus discípulos garantem que, depois de expulso dos Estados Unidos da América, Osho não conseguiu qualquer visto para permanência nos países que visitou após o incidente, devido a pressões norte-americanas. De facto, nenhuma das acusações feitas têm consistência objectiva - fruto apenas do temor e ódio das instituições representadas pelo governo norte-americano, referem os seus discípulos.
Deixou o seguinte epitáfio: "OSHO.. Nunca nasceu...nunca morreu...apenas visitou este planeta Terra entre 1931 e 1990".